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Campo Grande, quinta-feira, 01 de fevereiro de 2024.
Moradores terão cursos e orientações para recomeçarem as obras paralisadas, com o aval e o apoio da EMHA (Foto: Arquivo)
Durante a reunião realizada entre o diretor-presidente da Agência Municipal de Habitação (EMHA), Enéas José de Carvalho, técnicos do referido órgão e diversas lideranças comunitárias, ficou acertado que a partir de março do corrente ano, serão retomadas em ritmo acelerado as obras ainda paralisadas nos loteamentos Vespasiano Martins, no bairro Jardim Los Angeles, Jardim Canguru, localizado no bairro Centro-Oeste e José Teruel Filho, no bairro Lageado.
Durante a reunião realizada semana passada, foi apresentado um cronograma de trabalho, cujo investimento deve ser em torno de R$ 4,9 milhões.
O diretor-presidente da EMHA, Enéas José de Carvalho, justificou a demora da retomada das obras. Segundo ele, foi em decorrência da reavaliação do orçamento feita pelo Estado para a construção das casas nos loteamentos acima citados.
Só para a reavaliação do orçamento foram cinco meses, pois os técnicos constataram a falta de levantamento na parte de alvenaria, total ou parcial – para mais ou para menos, além da falta de cobertura.
Com os documentos à mostra, Enéas José fez questão de mostra-los a todos os líderes comunitários e explicar detalhadamente os problemas que poderiam acontecer, caso as obras previstas para serem entregues em dezembro do ano passado, tivessem continuadas, devido aos erros no projeto arquitetônico, que foi detectado em tempo hábil pela equipe técnica.
Com o cronograma bem elaborado e definido, o diretor-presidente da EMHA, Enéas José, adiantou ainda que os moradores do loteamento no Jardim Canguru serão, na ordem, os próximos a receber as equipes do Programa de Inclusão Profissional (Proinc), para o curso especifico de edificações.
Quanto ao loteamento Vespasiano Martins, a EMHA aguarda ainda um parecer técnico quanto à continuidade das obras ou se as famílias serão realocadas devido às falhas no terreno e nas construções, detalhes esses que mereceu até mesmo um rápido comentário por parte do diretor-presidente Enéas José, que afirma que “não tenho segurança para tocar essa obra e, por isso, prefiro readequar ou tirar recurso das 96 unidades habitacionais dos idosos e contratarmos uma empreiteira para terminar”, disse.
Histórico
O histórico das moradias acima mencionadas é de causar tristeza, pois ainda em 2016, na gestão de outro Prefeito, a favela foi dissolvida com a promessa de que seria substituída por casas de alvenarias com telhas e demais acabamentos.
Na administração do prefeito Marquinhos Trad, o que a atual equipe da EMHA encontrou foram obras inacabadas e de péssima qualidade, que, se concluídas, poderiam colocar em risco a integridade física dos moradores.
Diante dos problemas, as 317 famílias tiveram que ser reassentadas em quatro bairros e a empresa responsável pela construção das casas nos loteamentos, a Morhar Organização Social, que havia firmado um convênio no valor de R$ 3,6 milhões, entregou apenas 42 casas no Loteamento Vespasiano Martins.
Diante desse descaso, o Município conseguiu bloquear a importância de R$ 900 mil, além de recorrer à Justiça contra a Morhar, uma vez que a mesma teria recebido de repasse o valor de R$ 2,7 milhões, dos quais R$ 800 mil estão sem notas que comprovem o que foi adquirido ou construído.
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